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Cadela Cissa foi diagnosticada com hérnia de disco e estava sem conseguir movimentar as patas traseiras

Divulgação Unisc

Gabriel Tavares realizando monitoramento anestésico no pré-cirúrgico

Prof Marcelo e Anestesiologista veterinário Gabriel Tavares durante mielografia

Recentemente, o Hospital Veterinário (HV) da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) realizou a primeira cirurgia neurológica. O procedimento, realizado na cadela de nome Cissa, foi feito pelo neurologista Marcelo Luis Schwab, único especialista da área da região.

Segundo Schwab, Cissa chegou ao HV sem movimentar as patas traseiras e sem sensibilidade nas patas. “Várias doenças podem levar ao quadro clínico dela e é fundamental a realização de exames, principalmente de imagem como a mielografia ou tomografia ou ressonância, para se chegar ao diagnóstico. Por fim, ela foi diagnosticada com extrusão de disco intervertebral, doença mais conhecida por hérnia de disco”, explica.

A hérnia de disco causa dor e compressão da medula espinhal, que é a estrutura responsável por levar informação do cérebro para o restante do corpo. “Foi pela compressão que os estímulos enviados pelo cérebro não chegavam às patinhas traseiras. O objetivo da cirurgia foi remover o material de disco que estava causando a compressão, dessa forma criando novamente essa conexão cérebro/patas.”

A cirurgia, relativamente simples, durou 1h45. “Exige estudo, prática e uma manipulação cuidadosa das estruturas. Lidamos com estruturas muito nobres do corpo e qualquer manipulação excessiva pode causar uma lesão ao paciente.”

Após o procedimento, Cissa ficou alguns dias internada e passa bem. “A tutora relata que ela está sem dor, segue se alimentando e interagindo com a dona. No caso da Cissa, a cirurgia permitiu a descompressão da medula espinhal. É como se estivéssemos dando uma chance para ela voltar a caminhar. Nesses casos, 50 a 60% dos cães podem voltar a caminhar.”

Entretanto, em outros casos, a lesão que a doença causou na medula pode ser irreversível. “Mesmo para esses cães a vida pode continuar perfeitamente, claro, com algumas limitações e cuidados, podendo usufruir de cadeira de rodas. No caso da Cissa, somente o tempo agora vai dizer se ela voltará ou não a caminhar. Ainda está cedo para dizer, sendo que após a cirurgia o animal deve passar por reabilitação com exercícios de fisioterapia para auxiliar na recuperação.”

 

Saiba mais

O HV conta com procedimentos cirúrgicos voltados para as doenças da medula espinhal, como hérnias de disco, traumas/fraturas, câncer, alterações congênitas entre outras doenças. A intenção é que, com o passar do tempo, sejam implementadas cirurgias do cérebro, seja para remoção de tumor intracranianos como para correção de hidrocefalia, entre outras doenças. 

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Cadela Cissa foi diagnosticada com hérnia de disco e estava sem conseguir movimentar as patas traseiras

Divulgação Unisc

Gabriel Tavares realizando monitoramento anestésico no pré-cirúrgico

Prof Marcelo e Anestesiologista veterinário Gabriel Tavares durante mielografia

Recentemente, o Hospital Veterinário (HV) da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) realizou a primeira cirurgia neurológica. O procedimento, realizado na cadela de nome Cissa, foi feito pelo neurologista Marcelo Luis Schwab, único especialista da área da região.

Segundo Schwab, Cissa chegou ao HV sem movimentar as patas traseiras e sem sensibilidade nas patas. “Várias doenças podem levar ao quadro clínico dela e é fundamental a realização de exames, principalmente de imagem como a mielografia ou tomografia ou ressonância, para se chegar ao diagnóstico. Por fim, ela foi diagnosticada com extrusão de disco intervertebral, doença mais conhecida por hérnia de disco”, explica.

A hérnia de disco causa dor e compressão da medula espinhal, que é a estrutura responsável por levar informação do cérebro para o restante do corpo. “Foi pela compressão que os estímulos enviados pelo cérebro não chegavam às patinhas traseiras. O objetivo da cirurgia foi remover o material de disco que estava causando a compressão, dessa forma criando novamente essa conexão cérebro/patas.”

A cirurgia, relativamente simples, durou 1h45. “Exige estudo, prática e uma manipulação cuidadosa das estruturas. Lidamos com estruturas muito nobres do corpo e qualquer manipulação excessiva pode causar uma lesão ao paciente.”

Após o procedimento, Cissa ficou alguns dias internada e passa bem. “A tutora relata que ela está sem dor, segue se alimentando e interagindo com a dona. No caso da Cissa, a cirurgia permitiu a descompressão da medula espinhal. É como se estivéssemos dando uma chance para ela voltar a caminhar. Nesses casos, 50 a 60% dos cães podem voltar a caminhar.”

Entretanto, em outros casos, a lesão que a doença causou na medula pode ser irreversível. “Mesmo para esses cães a vida pode continuar perfeitamente, claro, com algumas limitações e cuidados, podendo usufruir de cadeira de rodas. No caso da Cissa, somente o tempo agora vai dizer se ela voltará ou não a caminhar. Ainda está cedo para dizer, sendo que após a cirurgia o animal deve passar por reabilitação com exercícios de fisioterapia para auxiliar na recuperação.”

 

Saiba mais

O HV conta com procedimentos cirúrgicos voltados para as doenças da medula espinhal, como hérnias de disco, traumas/fraturas, câncer, alterações congênitas entre outras doenças. A intenção é que, com o passar do tempo, sejam implementadas cirurgias do cérebro, seja para remoção de tumor intracranianos como para correção de hidrocefalia, entre outras doenças. 

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