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O estudo possui ineditismo na área de musicoterapia, analisando seus benefícios sobre aspectos biológicos e celulares do ser humano

 

 

Juliane Fiorezi, mestranda do Programa de Pós-Graduação em Promoção da Saúde na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), realizou um estudo no ano de 2018 buscando identificar os efeitos da música no tratamento de autistas, avaliando a influência da música nos aspectos biológicos, celulares e hormonais dos participantes. A pesquisa A escuta musical e seus efeitos sobre os danos celulares da mucosa oral, cortisol salivar e aspectos comportamentais de indivíduos autistas foi resultado de sua dissertação, orientada pela professora Silvia Isabel Rech Franke e coorientada pela docente Jane Dagmar Pollo Renner.  

Participaram do estudo 22 crianças e adolescentes autistas, com idade entre três e 17 anos, e que participam do projeto Educação Física adaptada para autistas, desenvolvido na Unisc pela professora Sâmara Bittencourt Berger. Assim, para a avaliação dos efeitos da música nos participantes foram coletadas amostras de células da mucosa oral (bochecha) e de saliva, antes e depois de 30 dias de intervenção por escuta musical. As células, retiradas com uma leve escovada na bochecha, foram avaliadas para verificar se apresentavam danos em sua formação. Já a saliva serviu para apresentar as alterações no cortisol salivar, um hormônio que está diretamente relacionado ao estresse e que influencia o sistema imunológico do ser humano. A seleção de músicas foi desenvolvida por uma musicoterapeuta com formação e experiência na aplicação da música enquanto potencial terapêutico.

Os resultados da pesquisa demonstraram efeitos promissores. Mas para entendê-los, é necessário considerar que o corpo humano e as células estão em constante modificação, sempre na busca de equilíbrio no funcionamento de todos os seus sistemas de regulação. Portanto, as células podem sofrer danos durante o seu desenvolvimento e um processo chamado apoptose é responsável por provocar a eliminação programada e ordenada dessas células, um momento fundamental para a manutenção de todo o funcionamento orgânico.

Nessa pesquisa, concluiu-se que a intervenção por escuta musical contribuiu para diminuir os danos celulares e influenciou no aumento do processo de apoptose (eliminação natural de células danificadas). Além disso, foi possível observar uma redução nos níveis do hormônio cortisol salivar, embora não significativos.

Os pesquisadores também compilaram estudos anteriores que apresentavam os efeitos da musicoterapia (MT) com autistas. Constataram que esse tratamento impacta positivamente no comportamento dos mesmos, sobretudo em questões relacionadas à maior sincronia rítmica, maior ajustamento comportamental com demais participantes do grupo, maior habilidade na atenção seletiva, bem como aspectos cerebrais que influenciam a maior capacidade de interação e comunicação, diminuição nos comportamentos de vitimização e aumento nas habilidades sociais. As técnicas de musicoterapia que provocam esses resultados são aquelas que utilizam o fazer musical, realizando a improvisação ou utilizando a mediação do ritmo musical.

Por mais que diversas pesquisas tenham sido empreendidas no âmbito da música e bioquímica humana, o estudo possuiu ineditismo na área da musicoterapia, pois buscou avaliar o efeito da escuta musical nos aspectos biológicos e celulares do ser humano.

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O estudo possui ineditismo na área de musicoterapia, analisando seus benefícios sobre aspectos biológicos e celulares do ser humano

 

 

Juliane Fiorezi, mestranda do Programa de Pós-Graduação em Promoção da Saúde na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), realizou um estudo no ano de 2018 buscando identificar os efeitos da música no tratamento de autistas, avaliando a influência da música nos aspectos biológicos, celulares e hormonais dos participantes. A pesquisa A escuta musical e seus efeitos sobre os danos celulares da mucosa oral, cortisol salivar e aspectos comportamentais de indivíduos autistas foi resultado de sua dissertação, orientada pela professora Silvia Isabel Rech Franke e coorientada pela docente Jane Dagmar Pollo Renner.  

Participaram do estudo 22 crianças e adolescentes autistas, com idade entre três e 17 anos, e que participam do projeto Educação Física adaptada para autistas, desenvolvido na Unisc pela professora Sâmara Bittencourt Berger. Assim, para a avaliação dos efeitos da música nos participantes foram coletadas amostras de células da mucosa oral (bochecha) e de saliva, antes e depois de 30 dias de intervenção por escuta musical. As células, retiradas com uma leve escovada na bochecha, foram avaliadas para verificar se apresentavam danos em sua formação. Já a saliva serviu para apresentar as alterações no cortisol salivar, um hormônio que está diretamente relacionado ao estresse e que influencia o sistema imunológico do ser humano. A seleção de músicas foi desenvolvida por uma musicoterapeuta com formação e experiência na aplicação da música enquanto potencial terapêutico.

Os resultados da pesquisa demonstraram efeitos promissores. Mas para entendê-los, é necessário considerar que o corpo humano e as células estão em constante modificação, sempre na busca de equilíbrio no funcionamento de todos os seus sistemas de regulação. Portanto, as células podem sofrer danos durante o seu desenvolvimento e um processo chamado apoptose é responsável por provocar a eliminação programada e ordenada dessas células, um momento fundamental para a manutenção de todo o funcionamento orgânico.

Nessa pesquisa, concluiu-se que a intervenção por escuta musical contribuiu para diminuir os danos celulares e influenciou no aumento do processo de apoptose (eliminação natural de células danificadas). Além disso, foi possível observar uma redução nos níveis do hormônio cortisol salivar, embora não significativos.

Os pesquisadores também compilaram estudos anteriores que apresentavam os efeitos da musicoterapia (MT) com autistas. Constataram que esse tratamento impacta positivamente no comportamento dos mesmos, sobretudo em questões relacionadas à maior sincronia rítmica, maior ajustamento comportamental com demais participantes do grupo, maior habilidade na atenção seletiva, bem como aspectos cerebrais que influenciam a maior capacidade de interação e comunicação, diminuição nos comportamentos de vitimização e aumento nas habilidades sociais. As técnicas de musicoterapia que provocam esses resultados são aquelas que utilizam o fazer musical, realizando a improvisação ou utilizando a mediação do ritmo musical.

Por mais que diversas pesquisas tenham sido empreendidas no âmbito da música e bioquímica humana, o estudo possuiu ineditismo na área da musicoterapia, pois buscou avaliar o efeito da escuta musical nos aspectos biológicos e celulares do ser humano.

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