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O Mestrado em Promoção da Saúde (PPGPS) da Unisc divulgou os resultados da pesquisa Doença da folha verde do tabaco: estudo comparativo do perfil bioquímico, ocupacional e de saúde de fumicultores nas etapas do processamento do tabaco em um município do Rio Grande do Sul, de autoria da enfermeira Morgana Pappen, sob orientação das professoras Suzane Frantz Krug e Jane Dagmar Pollo Renner.
A doença da folha verde do tabaco (DFVT) acomete os fumicultores durante o cultivo do fumo, visto que também é considerada uma intoxicação aguda por ocorrer a absorção dérmica da nicotina presente na folha do tabaco. É descrita quando o fumicultor relata exposição ao tabaco, apresenta exame de cotinina alterada e tem o aparecimento de sinais e sintomas de intoxicação aguda, como náuseas, vômito, sudorese, calafrios, cólicas abdominais, entre outros.
Devido à exposição aos riscos de saúde, o fumicultor deve ter acompanhamento de saúde e cuidados necessários para prevenir doenças relacionadas ao trabalho, o que pode ocorrer através da realização de exames laboratoriais regulares, a qual propicia auxílio no diagnóstico de patologias, além de apoiar a descoberta de novas doenças que poderão acometer a saúde do trabalhador rural.
A pesquisa objetivou comparar o perfil hematológico, hepático e renal de fumicultores com e sem quadro sugestivo da DFVT nas etapas de plantio, colheita e classificação do tabaco. Os dados investigados foram obtidos no banco de dados de uma pesquisa prévia, realizada nesse mesmo município. O estudo analisou os fumicultores com e sem casos de DFVT, além de proporcionar resultados para possibilitar o surgimento de novas ações e atividades em prol da saúde dos trabalhadores rurais.
Na pesquisa foi possível analisar casos de DFVT durante a etapa de colheita e classificação do tabaco. Destacaram-se alterações na dosagem dos monócitos durante as duas etapas e nos níveis de hemoglobina durante a etapa da colheita em relação aos fumicultores sem o quadro sugestivo da doença.
Sabe-se que a fumicultura na região estudada é uma das economias que movimenta o Vale do Rio Pardo. Desta forma, há necessidade de ações intersetoriais para fortalecer a rede de cuidados à saúde dos trabalhadores rurais, além de diminuir os riscos ocupacionais dessa população. Assim, a pesquisa poderá, também, subsidiar dados para a organização de ações para os profissionais e os gestores de saúde sobre a importância do tema em questão, bem como a sua contribuição aos indicadores de saúde.
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