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Mestrado e Doutorado em Desenvolvimento Regional

O PPGDR ao longo de sua trajetória de 25 anos vem desenvolvendo, de forma continuada, um conjunto de projetos e de atividades de inserção social que alcançam tanto as instituições, organizações sociais e comunidades mais próximas, através da realização de trabalhos de pesquisa e extensão, de palestras e de eventos, quanto comunidades de outras regiões através de palestras e de publicações de docentes e de alunos, bem como através da formação de alunos e da atuação profissional dos egressos do Programa.

Assim, destacamos aqui algumas das atividades de inserção social, mais relevantes quanto ao seu impacto econômico, social e cultural, que foram desenvolvidas e/ou que tiveram a participação efetiva de docentes permanentes, alunos e egressos do PPGDR, na última quadrienal, e notadamente, no ano de 2020.

1) Projeto de Extensão junto ao Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia – CAPA

Desde 2014 é desenvolvido o projeto “Assessoria de Comunicação ao Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia”, junto à ONG Capa, que assessora agricultores familiares na produção de alimentos de base ecológica, no associativismo e em questões associadas a isso. O projeto, coordenado pela docente  Ângela Cristina Trevisan Felippi, consiste em planejar e executar ações de comunicação junto aos públicos do CAPA e da cooperativa de agricultores ecologistas por ele assistida,  tais quais agricultores e agricultoras familiares, jovens rurais, imprensa regional e sociedade em geral. Em 2019 foram produzidos os seguintes produtos comunicacionais: capacitação de jovens rurais agroecologistas em mídias sociais (com vistas ao uso para comercialização de produtos); produção de conteúdo para a página da cooperativa Ecovale na rede social Facebook; produção de um vídeo documental sobre a trabalho em saúde coletiva dos grupos de agricultores; produção de folheteria (folders, flyers, convites);  ações de comunicação nas feiras e loja da Ecovale para agricultores e consumidores; produção de notícias do CAPA e Ecovale para a imprensa regional; produção de notícias para as mídias próprias do CAPA (Jornal Recado da Terra, Side rede CAPA) e Ecovale (redes sociais). As atividades foram realizadas por dois bolsistas de extensão, com a supervisão da professora coordenadora do projeto. O projeto tem forte inserção social na medida em que viabiliza ações de comunicação social, com vistas à divulgação de informações e de conhecimento via mídias - comercial e alternativas - sobre a atuação de uma ONG e uma cooperativa de agricultores ecologistas fortemente inserida na região, com mais de aproximadamente 40 anos de existência, pioneira na prática da Agroecologia na região do Vale do Rio Pardo/RS. Permite, por meio de suas ações, que a população da região conheça uma alternativa de produção e de consumo de alimentos que respeita o meio ambiente e, nele, as pessoas (agricultores e consumidores). Dada a característica do território onde se situa, cuja marca produtiva principal é o cultivo e o beneficiamento do tabaco com vistas à produção de cigarro, o projeto de extensão põe em evidência que outros modelos de agricultura, assim como de alimentação, são possíveis, dando condições às organizações assessoradas de alcançarem visibilidade pública por meio da mídia e disputarem sentidos entre os modelos de desenvolvimentos propostos para a região. Em 2020, o projeto manteve-se ativo mesmo diante da pandemia. Professora e bolsistas de extensão atuaram de modo remoto especialmente realizando a divulgação da dinâmica de comercialização dos produtos orgânicos dos agricultores acompanhados pelo CAPA. Diante da pandemia e da oscilação da abertura do comércio e das feiras urbanas, a comunicação digital dirigida à imprensa e diretamente aos consumidores foi fundamental para assegurar a renda dos agricultores ecologistas na região. Ainda, em 2020, o projeto de extensão foi ampliado para atender um grupo de agricultores ecologistas que não pertencem ao CAPA. O grupo solicitou à universidade apoio para ações de Comunicação que resgatassem a memória do saber fazer técnico do grupo, assim como possibilitar que essas ações possam amplificar o conhecimento dos agricultores para outros interessados na produção agroecológica. Para isso, foi estruturado um canal no YouTube e  iniciada a produção de uma série de vídeos com depoimentos e demonstrações técnicas com este grupo de agricultores.

 

2) Pesquisa da Cesta Básica Nacional

A pesquisa da Cesta Básica Nacional é realizada mensalmente nos principais pontos de venda (supermercados) de Santa Cruz do Sul, pelo docente Silvio Cezar Arend. Os dados coletados oferecem à população informações sobre a evolução dos preços no próprio município, através de sua divulgação pelos órgãos de imprensa local (jornais Gazeta do Sul e Riovale Jornal; rádios Santa Cruz AM 550 e Gazeta AM 1170 e no canal de televisão RBS TV, sucursal dos Vales do Rio Pardo e Taquari), bem como através de entrevistas para os referidos meios de comunicação, momento em que são discutidas questões relacionadas ao comportamento da economia brasileira em geral e da inflação em especial. A Cesta Básica Nacional relaciona um conjunto de alimentos que seria suficiente para o sustento e bem-estar de um trabalhador adulto ao longo de um mês, tomando como base o Decreto Lei nº. 399, de 30 de abril de 1938, que regulamenta a Lei nº. 185 de 14 de janeiro de 1936 – da instituição do Salário Mínimo no Brasil.

 

3) Análise do papel dos agricultores familiares na produção de solução tecnológicas para a agricultura familiar

Esse projeto foi coordenado pela docente Cidonea Machado Deponti com a participação do docente Silvio Cezar Arend, ambos do PPGDR, e financiado pelo Edital Universal do CNPq e realizado em parceria pela UFRGS – Litoral Norte e UNISC-RS - foi um projeto realizado em 2017 e 2018 e que contou com a parceria da Escola Família Agrícola de Santa Cruz do Sul, da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural-EMATER/RS, da Associação dos Fumicultores do Brasil e do Arranjo Produtivo Local (APL) Produção de Alimentos e Agroindústria do Vale do Rio Pardo. Após a pesquisa foram identificadas 58 técnicas, tecnologias, processos ou produtos gerados pelos agricultores, com base neste resultado foram selecionados 18 casos considerados mais significativos para a equipe do projeto. Os resultados obtidos foram catalogados e disponibilizados no site: https://www.ufrgs.br/observatoriosolucoesaf/ .

 

4) Núcleo de Extensão Tecnológica e Gestão Rural para a Agricultura Familiar NEGAF

O NEGAF foi criado em 2018 a partir do Projeto: Análise do papel dos agricultores familiares na produção de soluções tecnológicas para a agricultura familiar e mantém atualmente seu funcionamento. O projeto é coordenado pela docente Cidonea Machado Deponti e conta com a participação do docente Silvio Cezar Arend, do egresso e atual docente colaborador do PPGDR, Fernando Bandeira de Fontoura. O Núcleo conta com a parceria da EMATER/ASCAR-RS, do CETAM - Montenegro/EMATER, dos alunos dos cursos de graduação em Contábeis e Administração do Campus de Montenegro/UNISC, da ACI/Montenegro-Pareci Novo, da Secretaria do Campus de Montenegro e das Secretarias de Agricultura dos municípios do Vale do Caí e de Sobradinho. O Núcleo possui os seguintes objetivos: receber demandas de agricultores familiares do Vale do Caí-RS e de Sobradinho relacionadas à gestão rural; auxiliá-los nos processos de registro das informações, controle gerencial e de custos; realizar o acompanhamento in loco das propriedades dos agricultores familiares que buscarem a Universidade; e desenvolver um sistema de gestão rural da propriedade adequado às necessidades dos agricultores familiares. A equipe do projeto caracteriza-se como interdisciplinar, pois agrupa professores e acadêmicos de diversas áreas do conhecimento, dentre elas a economia, a administração, o serviço social, a contabilidade e os sistemas de informação. O trabalho realizado pela equipe do Núcleo tem procurado avançar em termos de intervenção, no sentido de construção coletiva, ou seja, de aproximar os sistemas de sentido, de aproximar a Universidade à Comunidade, do conhecimento científico ao conhecimento popular. O Núcleo também realizou, participou e auxiliou os agricultores familiares em diversas atividades, dentre elas destacam-se: a) Participação na Audiência Pública Acesso à Telefonia Móvel e Internet – nesta oportunidade foi apresentado para o público presente o resultado da pesquisa que originou o Núcleo. Esses resultados foram encaminhados para a Assembleia Legislativa aos cuidados do Deputado Elton Weber para dar subsídios à construção do Projeto de Lei sobre Telefonia Móvel no Meio Rural; b) Auxílio para participação de dois agricultores vinculados ao Núcleo na Chamada Pública do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) do Instituto Federal de Feliz; c) Participação e acompanhamento dos agricultores ao Seminário sobre Agroindústria realizado pelo SEBRAE; d) Participação do Seminário sobre a Produção Agroindustrial Artesanal realizado pela FETAG e UERGS e elaboração de documento que será enviado ao Ministério Público Estadual para discussão sobre a situação da agricultura familiar; e) Participação do Dia C da Ciência com a Oficina de Integração sobre Empreendedorismo, Cooperação e Motivação para o Trabalho conduzida pelo aluno do mestrado no PPGDR, por Carlos Esau; f) Participação em dois Programas de Rádio, rádio América e Rádio Viva para divulgação da palestra acima referida em alusão ao Dia C da Ciência, g) Análise econômica e contábil de seis propriedades vinculadas ao Núcleo; h) Entrega dos resultados da análise para duas propriedades até o momento;i) Participação na Semana da Ciência e da Tecnologia com o tema “De onde vem o alimento?” e visita à propriedade rural do agricultor Felipe Kranz com a participação dos primeiros anos do Ensino Fundamental do Instituto de Educação São José (escola comunitária) de Montenegro-RS; j) Apresentação no Salão de Extensão e Ensino da UNISC; k) Criação da logomarca do Núcleo - NEGAF. No ano de 2020 em razão da pandemia da Covid-19, o NEGAF não realizou atividades, contudo em 2021, se houver condições sanitárias e segurança, o núcleo voltará a realizar suas ações de extensão.

 

5) Comissão de Assessoramento ao Plano Municipal de Desenvolvimento Rural de Montenegro-RS

Esta comissão foi formada por membros representantes de instituições que têm interesse no rural. A comissão é formada pelas seguintes instituições: COMDER, EMATER, CETAN, UNISC, UPAN, SECRETARIA DA SAÚDE, SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO RURAL DE MONTENEGRO, SECRETARÍA DE EDUCAÇÃO. A professora Cidonea Machado Deponti integra a comissão representando o PPGDR e a UNISC – Campus Montenegro que também integra o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural – COMDER.  Nessa comissão a professora Cidonea Deponti também é da subcomissão do Plano referente à diretriz relacionada ao Saneamento Rural e à Formação de Agricultores. O objetivo da comissão é estruturar o Plano Municipal de Desenvolvimento Rural do município. O trabalho da comissão ocorre simultaneamente às reuniões coletivas de discussão do plano. No ano de 2019 foram realizadas 2 reuniões com a presença da grande plenária, envolvendo mais de 60 pessoas e 4 reuniões da comissão.  Além disso, também foi realizado um Seminário de Mobilização para construção do Plano Municipal de Desenvolvimento Rural no dia 10 de dezembro de 2019. Durante o primeiro semestre de 2020 a Comissão construiu em conjunto com a comunidade a matriz FOFA, indicando as Fortalezas, Oportunidades, Fragilidades e Ameaças para o desenvolvimento rural no território municipal.  No segundo semestre de 2020 foram realizadas reuniões quinzenais com a Comissão Técnica, formada por representantes das Secretarias Municipais de Saúde, Educação, Meio Ambiente, Desenvolvimento Rural, Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural (COMDER), EMATER/ASCAR-RS, Centro de Treinamento de Montenegro (CETAM/EMATER), Comitê Caí. No momento elaboramos o documento que definiu três linhas estratégicas de ação: saneamento rural, formação e mobilidade que será entregue aos gestores públicos e servirá de base para a construção do Plano Municipal de Desenvolvimento Rural.

 

6) Adaptação à Mudança do Clima no COREDE Vale do Rio Pardo

No âmbito do projeto de pesquisa: Planejando paisagens: adaptação à mudança climática na Bacia do Rio Pardo, foram estabelecidas duas componentes de inserção regional. Na componente “Fontes de energia” foi realizado levantamento de opinião e motivação de produtores de energia fotovoltaica no município de Santa Cruz do Sul e entorno. Foram visitados os sistemas fotovoltaicos de pessoas físicas e jurídicas, bem como instituições de apoio técnico e financeiro. Adicionalmente foi realizada visita de campo à zona rural dos municípios de Charqueadas e Eldorado do Sul, área objeto de licenciamento da maior lavra de carvão mineral a céu aberto no país, e possível local de instalação do polo carboquímico previsto pelo programa PROCARVÃO-RS. Na componente “Planejamento hídrico”, o PPGDR em articulação com o Núcleo de Gestão Pública (NGP) da UNISC, realizaram visitas técnicas a iniciativas de proteção de nascentes e fomento ao produtor rural de água na região. Os municípios de Vera Cruz, Herveiras e Sinimbu têm projetos iniciados, ou em andamento, que fomentam a produção de água potável na zona rural. Esta articulação resultou na participação ativa do PPGDR, através do docente Markus Brose, da aluna Verushka Goldschmidt Xavier de Oliveira e da egressa do PPGDR Lidia Schwantes Hoss no processo de criação do protótipo de uma agência de bacia para estimular a cobrança pela água na Bacia Hidrográfica do Rio Pardo, a Associação Pró-Gestão dos Recursos Hídricos do Rio Pardo (AGEPARDO). O primeiro projeto desta associação deve ser a implementação de ações por multa ambiental por contrato com o Ministério Público. Dados coletados ao longo deste processo foram inseridos nas disciplinas ministradas em cursos de graduação e na disciplina de Planejamento e Estratégias de Desenvolvimento Regional, do PPGDR-UNISC;

7) Projeto Produção de Informações socioespaciais de apoio às ações de prevenção ao Coronavirus em Santa Cruz do Sul e região do Vale do Rio Pardo – OBSERVADR/Covid-19

Esse projeto de pesquisa e extensão iniciou em abril de 2020 sendo desenvolvido de forma colaborativa e voluntária por docentes, alunos e egressos do PPGDR,  grupo de pesquisadores responsável pelo Observatório do Desenvolvimento Regional, por estudantes de graduação dos cursos de geografia e Psicologia da UNISC, por arquitetos e engenheiros integrantes da Sociedade de Engenheiros e Arquitetos de Santa Cruz do Sul (SEASC), e por técnicos-administrativos da Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão, da Prefeitura Municipal de Santa Cruz do Sul/RS, e da Secretaria de Planejamento e Urbanismo, da Prefeitura Municipal de Venâncio Aires, e do Conselho Regional de Desenvolvimento do Vale do Rio Pardo. O projeto é coordenado pelo docente Rogério Leandro Lima da Silveira,e tem a participação dos docentes Cláudia Tirelli,  ngela Cristina T. Felippi, Grazielle Betina Brandt e Silvio Cezar Arend e de uma equipe de mais 13 pessoas entre alunos, egressos e técnicos das instituições parceiras. O objetivo do projeto é coletar, organizar  e oferecer dados secundários e mapas temáticos, com notas técnicas com informações científicas, sobre variáveis sociais, demográficas, de infraestrutura e saúde da população e domicílios dos bairros dos municípios de Santa Cruz do Sul e de Venâncio Aires, e dados e mapas regionais sobre a região do Vale do Rio Pardo. A intenção é fornecer informações úteis ao planejamento de ações e à tomada de decisões para a prevenção e combate à pandemia ocasionada pela expansão do coronavírus, bem como oferecer informações científicas para o conjunto da sociedade. Os resultados do projeto estão disponibilizados através do site: http://observadr.org.br/portal/observadr-covid-19/ e das redes sociais Facebook e Youtube, do Observatório do Desenvolvimento Regional.

 

8) Projeto de Pesquisa e Extensão “O impacto da COVID-19 na comercialização direta da agricultura familiar no RS”

O objetivo principal deste projeto é compreender como a pandemia COVID-19 tem afetado os espaços de comercialização direta vinculados com a agricultura familiar no Rio Grande do Sul, gerando impactos na saúde, na renda e nos canais de abastecimento em que estão envolvidos. Há uma relevância e dependência da sociedade dos alimentos produzidos pela agricultura familiar, em especial para alimentos in natura. No entanto, este é um grupo social que fortemente compõe o grupo de maior risco a COVID-19, pois se encontra majoritariamente envelhecido, com uma baixa escolaridade e acesso limitado a políticas públicas, o que em muitos casos, pode significar um contexto de precariedade e pobreza no campo. O projeto foi realizado entre abril e novembro de 2020 e foi coordenado pela pós-doutoranda Potira Viegas Preiss, com a participação da docente Cidonea Machado Deponti, e de alunos e egressos do PPGDR. A pesquisa nasceu de uma iniciativa de pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional (PPGDR) e do Observatório de Desenvolvimento Regional (OBSERVA-DR) da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e conta com a participação de pesquisadores do Grupo Interdisciplinar de Pesquisas Agroalimentares Georreferenciadas (GIPAG) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e do Grupo de Estudos em Agricultura, Alimentação e Desenvolvimento (GEPAD) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O projeto também contou ainda com uma parceria com a EMATER RS para ampliação do alcance na coleta dos dados. Os resultados do projeto estão disponibilizados através do portal do Observa-DR: http://observadr.org.br/portal/o-impacto-da-covid-19-na-comercializacao-direta-da-agricultura-familiar-no-rs/

 

9) Projeto “Ação Coletiva Comida de Verdade: aprendizagem em tempos de pandemia”

Iniciativa de abrangência nacional conduzida por uma articulação de 13 organizações comprometidas com a promoção da soberania e da segurança alimentar e nutricional que atuam em nível nacional. São elas:ActionAid Brasil; Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável; Articulação Nacional de Agroecologia(ANA); Associação Brasileira de Agroecologia (ABA-Agroecologia); Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO); Centro de Referência em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional/UFRRJ; Fórum Brasileiro de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (FBSSAN); Grupo de Estudos em Agricultura, Alimentação e Desenvolvimento (GEPAD); Instituto Ibirapitanga; Observatório de Desenvolvimento Regional (Observa DR); Observatório de Políticas de Segurança Alimentar e Nutricional/UnB; Rede Brasileira de Pesquisa e Gestão em Desenvolvimento Territorial (RETE);  Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PenSSAN). O PPGDR participa através do Observatório do Desenvolvimento Regional que integra essa articulação. A coordenação do projeto é realizada pela pós-doutoranda Potira Viegas Preiss e envolve também a participação de alunos do PPGDR. A criação do projeto foi motivada pelo acirramento, pela pandemia de Covid-19, do contexto sócio econômico identificado no quadro sanitário, na fragilização dos canais de distribuição e de acesso aos alimentos, no aumento da vulnerabilidade de agricultores familiares e comunidades tradicionais, bem como na tendência de piora na alimentação com o aumento no consumo de produtos não saudáveis. Por outro lado, inúmeras experiências de abastecimento alimentar protagonizadas por organizações, redes e movimentos da sociedade civil apresentam respostas ágeis para o fortalecimento dos caminhos que articula produção, acesso e distribuição de alimentos saudáveis e adequados à população.Nesse sentido, a Ação Coletiva Comida de Verdade se mobiliza com os objetivos de: Identificar e mapear experiências de abastecimento alimentar em andamento protagonizadas por organizações, redes e movimentos da sociedade civil; Compartilhar reflexões sobre as transformações em curso nos sistemas agroalimentares e as respostas institucionais a essas transformações; e Ampliar a visibilidade das experiências e iniciativas em curso no Brasil. Os resultados do projeto podem ser observados no site: https://acaocoletivacomidadeverdade.org/

1) Curso de Especialização Educação do Campo e Desenvolvimento Regional

Ação importante de inserção social iniciada em 2017 e que teve continuidade em 2018 e 2019, é o Curso de Especialização Educação do Campo e Desenvolvimento Regional, realizado em conjunto com a Escola Família Agrícola de Santa Cruz do Sul (EFASC). O curso tem como objetivo contribuir na qualificação do processo ensino-aprendizagem no contexto da Educação do Campo, através da formação de docentes para atuarem nas Escolas de Família Agrícola da região do Vale do Rio Pardo e que estejam aptos a compreenderem a relevância do papel da Escola do Campo no processo de formação de jovens que vivem no meio rural. O curso foi aprovado pelo Conselho de Pesquisa e Extensão - CONPPEX da UNISC em 2016, e teve início no primeiro semestre de 2017, contando com 20 alunos provenientes da região de atuação da UNISC no Rio Grande do Sul. O curso foi coordenado pela docente Virginia Elisabeta Etges, e teve como professores, docentes e egressos do PPGDR. Em 2019 a especialização foi concluída com as Bancas de Defesa das pesquisas realizadas no âmbito da Educação do Campo. A comunidade acadêmica foi convidada, bem como a comunidade regional, composta por cooperativas, sindicatos, associações, pais e filhos de agricultores e atores envolvidos no processo de desenvolvimento regional. Para 2021 o PPGDR/UNISC pretende realizar a publicação de um E-Book com os trabalhos dos alunos aprovados no Lato Sensu Educação do Campo; 

 

2) Curso de Extensão sobre Avaliação de Políticas Públicas para o Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul (TCE-RS)

Em novembro de 2018, o PPGDR realizou um curso de extensão de 20 horas sobre avaliação de políticas públicas por solicitação do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul. O referido curso foi coordenado pela docente Cláudia Tirelli, e contou também com a participação dos docentes Silvio Arend e Markus Brose, e pela pós-doutoranda Tanise Freitas que ministraram disciplinas relativas ao tema da avaliação de políticas públicas. O público do curso foi constituído por vinte cinco servidores entre técnicos e auditores do Tribunal de Contas do RS que puderam atualizar seus conhecimentos sobre o conceito de políticas públicas, construção de indicadores de avaliação de políticas públicas, avaliação de impacto das políticas públicas, e avaliação qualitativa de políticas públicas. O resultado dessa atividade de extensão do PPGDR junto ao TCE-RS foi amplamente positivo e resultou em agosto de 2019 na assinatura de um convênio de cooperação entre o PPGDR-UNISC e o TCE-RS visando à cooperação técnica em matéria de formação continuada e de avaliação de políticas públicas no âmbito do Estado do Rio Grande do Sul;

 

3) Curso de Diagnóstico, Monitoramento e Avaliação de Políticas, Programas e Projetos

O curso de extensão teórico e prático teve uma duração de 20h e foi organizado pelo PPGDR em parceria com o Conselho Regional do Vale do Rio Pardo (Corede-VRP). O curso foi realizado de modo presencial no PPGDR, e de forma gratuita em novembro de 2019, e contou com a participação de 26 pessoas inscritas. O curso teve como objetivo apresentar noções básicas sobre a distinção entre políticas públicas, programas e projetos; compreender as etapas constitutivas do ciclo da política pública: formulação, diagnóstico, monitoramento e avaliação;  desenvolver exercícios práticos de diagnóstico, monitoramento e avaliação de políticas públicas desenvolvidas na escala municipal. O Curso foi ministrado pela pós-doutoranda Tanise Dias Freitas e teve como público técnicos-administrativos municipais e gestores de instituições públicas municipais e regionais, bem como pessoas que atuam em conselhos setoriais municipais como os da saúde, da educação, da cultura, da agricultura,  e do desenvolvimento, e de pessoas que atuam em organizações sociais e não governamentais da região do Vale do Rio Pardo.

 

4) Curso de Extensão Redes Agroalimentares: Saúde, Sustentabilidade e Desenvolvimento

O curso foi ministrado de modo presencial e gratuito pela pós-doutoranda Potira Viegas Preiss em novembro e dezembro de 2019, no PPGDR. Os conteúdos desenvolvidos no curso foram: As questões agroalimentares e o desenvolvimento; Nova geografia alimentar: mercados e simbolismos em relação aos alimentos; Canais de abastecimento: arranjos e impactos socioambientais; e Segurança alimentar e sociobiodiversidade. O curso teve 22 participantes, sendo a maioria deles pessoas que participam de organizações ligadas à agricultura familiar, à agroecologia, às Escolas Família Agrícola na região do Vale do Rio Pardo e Vale do Taquari.

1) Observatório do Desenvolvimento Regional - Banco de Dados do Vale do Rio Pardo

O projeto de pesquisa e extensão “Banco de Dados Regional do Vale do Rio Pardo” é uma ação do Observa-DR, coordenado pelo professor Rogério Silveira, e conta também com a participação dos professores Grazielle Brandt e Silvio Arend, bem como de alunos do PPGDR, e bolsistas de iniciação científica. O projeto começou a ser desenvolvido em 2012 e está organizado com base no recorte territorial da região de atuação do COREDE do Vale do Rio Pardo (VRP), com a qual o PPGDR tem interagido e atuado na realização de diagnósticos regionais e na elaboração de planos de desenvolvimento regional. Assim, integram essa base territorial regional os 24 municípios que constituem o VRP. Já o recorte temporal contemplado é aquele relativo ao período entre 1995 e os anos mais recentes, cujos dados já estão disponibilizados pelas diferentes instituições governamentais que os coletam. O Banco de Dados está organizado a partir dos seguintes eixos temáticos: a Configuração Físico-territorial; a Demografia; os Indicadores sociais; a Economia; e a Agropecuária. Este acervo de dados e informações está disponível para download em forma de planilhas, notas interpretativas, gráficos e mapas temáticos selecionados, através do Portal do Observa-DR. O projeto também disponibiliza ao público acadêmico e em geral um conjunto de dados secundários e informações sobre aspectos econômicos, sociais, demográficos e geográficos do VRP, de modo a contribuir com o processo de planejamento territorial da região. Também realizou-se oficinas gratuitas visando capacitar a comunidade regional a como melhor acessar e utilizar os dados secundários disponibilizados pelo projeto. Em 2018 e 2019 foram realizadas oficinas para os alunos de graduação bolsistas de iniciação científica e de extensão da UNISC, para jornalistas dos veículos de imprensa da região do Vale do Rio Pardo, para professores da rede pública municipal e estadual que atuam em escolas da região do Vale do Rio Pardo, para os integrantes dos Conselhos Municipais de Desenvolvimento da região do Vale do Rio Pardo.  Em 2019 e 2020, os pesquisadores realizaram o levantamento e a organização de dados sobre o mercado de trabalho, emprego formal e desemprego, deslocamentos pendulares para trabalho nos municípios da região, bem como sobre a dinâmica econômica dessa região. O objetivo é oferecer dados e informações atualizadas aos pesquisadores, gestores públicos, organizações, cidadãos e a todos os demais interessados, de modo a qualificar o debate, a definição e a avaliação de políticas e processos de desenvolvimento e de planejamento regional.

 

2) Assessoria ao Conselho Regional de Desenvolvimento do Vale do Rio Pardo e Fórum dos COREDES-RS

O PPGDR mantém importante interação com o COREDE do VRP, instituição que reúne um conjunto representativo de instituições da sociedade civil, prefeitos municipais, organismos do RS que atuam na região do VRP. O PPGDR tem participado ativamente, através do trabalho dos docentes Rogério Silveira, Silvio Arend e Markus Brose nas ações de planejamento regional coordenadas pelo COREDE. Uma ação que merece ser destacada é quanto ao processo de Planejamento Estratégico de Desenvolvimento Regional do Estado do RS, coordenado pela Secretaria Estadual de Planejamento e implementado pelo Fórum dos Conselhos Regionais de Desenvolvimento. Tal participação tem sido diversa, seja assessorando o COREDE-VRP, coordenando a elaboração de diagnósticos técnicos, assessorando a realização de planos estratégicos de desenvolvimento, ou através de palestras em eventos do COREDE, relacionados com planejamento regional, através da consolidação dos diversos processos territoriais. Em todas essas atividades, sempre que possível, os professores têm proporcionado a oportunidade aos alunos do PPGDR de acompanharem e colaborarem nas atividades, tornando o Programa, e consequentemente, a UNISC, participantes ativos nas discussões sobre e formulação de políticas para o Desenvolvimento Regional. Nos anos de 2018 e 2019 o PPGDR participou da implementação do Plano Estratégico de Desenvolvimento Regional do COREDE VRP, sob a coordenação do professor Rogério Silveira e a participação de doutorandos, mestrandos e estudantes bolsistas de iniciação científica e de extensão da UNISC. Dentre as atividades desenvolvidas destaca-se a organização e coordenação, em conjunto com o COREDE-VRP, ao longo de 2018 e 2019 de reuniões e seminários visando o acompanhamento e a implementação dos projetos prioritários do Plano Estratégico de Desenvolvimento Regional do Vale do Rio Pardo. As atividades têm sido muito produtivas, contando com muito boa participação da comunidade regional e têm como objetivo proporcionar a apresentação e discussão dos principais projetos e ações de planejamento, atuais e futuras, através das instituições que atuam no território do Vale do Rio Pardo, visando potencializar e articular os recursos disponíveis na região em prol do desenvolvimento regional. Em 2020, em razão da pandemia da Covid-19, as ações desenvolvidas junto ao Corede-VRP envolveram a participação de docentes, alunos e egressos do PPGDR na produção e divulgação de dados científicos sobre a dispersão da doença no território regional, através do acompanhamento e mapeamento mensal do número de casos e de óbitos causados pela pandemia. Também foram realizados e disponibilizados para o Corede-VRP estudos identificando as características socioeconômicas, demográficas, infraestruturais dos vinte e três municípios que compõem o território regional, com o intuito de contribuir para a tomada de decisão dos gestores municipais em relação às ações de prevenção, controle e mitigação da pandemia nos territórios municipais e regional.

 

3) Apoio às Ações Coletivas e à Consolidação da Governança do APL de Agroindústria e Alimentos da Agricultura Familiar do Vale do Rio Pardo

O projeto do Arranjo Produtivo Local da Agricultura Familiar tem como o objetivo apoiar as ações da governança para promover o desenvolvimento do APL de Agroindústria e Alimentos da Agricultura Familiar do VRP, através de ações articuladas e cooperadas para facilitar o acesso dos agricultores familiares aos recursos de políticas públicas municipais, estaduais e federais e organizar a cadeia de produção e comercialização de alimentos in natura, com processamento mínimo e agroindustrializados. Desde janeiro de 2016 os professores Virginia Etges, Erica Karnopp, Cidonea Deponti e Silvio Arend juntamente com a Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários da UNISC assumiram a gestão do APL, tendo em vista a relevância dessa iniciativa para o desenvolvimento da região do VRP. O APL VRP, formado por um conjunto de mais de 80 entidades que constituem um vigoroso tecido social da região busca, através de uma governança participativa, articular e realizar ações que visam aumentar significativamente à produção de alimentos, já que esta não é a principal atividade agropecuária do VRP, visto que o tabaco ainda é predominante. Neste sentido, a governança do APL VRP definiu como objetivo o fomento da produção de alimentos pela agricultura familiar, agregando valor com processamento mínimo e agroindustrialização de parte dessa matéria prima produzida, ao mesmo tempo desenvolvendo mecanismos de comercialização para esta produção. Em 2017 o doutorando do PPGDR, João Paulo Reis Costa assumiu a Coordenação do APL, dado o seu envolvimento ativo com o projeto e também pela sua trajetória de trabalho junto à Escola da Família Agrícola de Santa Cruz do Sul e junto aos movimentos sociais do meio rural da região. Tal fato merece ser destacado, pois revela o compromisso também dos discentes do PPGDR com o desenvolvimento das regiões onde atuam. Em 2019 o PPGDR, através da atuação da pós-doutoranda Potira Preiss, assessorou o APL elaborando roteiro de pesquisa sobre a demanda de consumidores de produtos agroecológicos entre docentes, alunos e funcionários da APESC, mantenedora da UNISC. Com base nos resultados obtidos na pesquisa, a UNISC, através do PPGDR, organizou a Feira Agroecológica para a comercialização de produtos orgânicos. As duas edições da feira aconteceram nos meses de novembro e dezembro de 2019 e será continuada em 2020;

 

4) Grupo de Estudos e Pesquisas em Envelhecimento e Cidadania

O Grupo de Estudos e Pesquisas em Envelhecimento e Cidadania (GEPEC) é coordenado pela Professora Silvia Virginia Coutinho Areosa e atua na região do VRP, realizando ações de pesquisa e extensão. Dentre as principais atividades destaca-se a participação em fóruns representativos da sociedade, na temática do envelhecimento humano, como a representação junto ao Conselho Municipal do Idoso (CMI) de Santa Cruz do Sul e o Fórum Gaúcho do Ensino Superior sobre o Envelhecimento Humano. Em 2019 a professora Silvia Areosa passou a integrar a Comissão de legislação, finanças e projetos do CMI e organizou a VI conferência municipal do Idoso do município e o 1º encontro da rede de proteção ao idoso de Santa Cruz do Sul na Universidade. O grupo desenvolve ações de extensão junto a Universidade Aberta para o Adulto Maior (UNIAMA) na UNISC, recebendo idosos da região para uma proposta de educação permanente. Desde 2017 as atividades de pesquisa estão centradas na população idosa que reside no meio rural do município de Santa Cruz do Sul, buscando identificar o perfil socioeconômico e demográfico, localizando e situando espacialmente a referida população, bem como investigando suas representações sociais sobre a velhice e os traços culturais presentes nas ideias, afetos, crenças, reflexões e valores. Essa pesquisa foi uma demanda do Conselho Municipal do Idoso e possui financiamento do Fundo Municipal do Idoso.

 

5) Projeto “A dinâmica dos mercados de trabalho em cidades médias do Rio Grande do Sul: flexibilidade contratual, intermediação e proteção aos empregos”

Durante o ano de 2019 foi iniciado um trabalho de sistematização das atividades realizadas pelo FGTAS/SINE Santa Cruz do Sul. O referido trabalho, realizado pelo PPGDR em parceria com o SINE de Santa Cruz do Sul tem como objetivo sistematizar todas as atividades de intermediação de empregos realizadas em Santa Cruz do Sul no período entre 2014 e 2020. É um trabalho que está em andamento e que poderá se estender, também, para dois outros municípios gaúchos durante o ano de 2021: Caxias do Sul e Passo Fundo. O projeto é coordenado pelo docente Marco Cadoná. De um modo preciso, o trabalho compreende o levantamento e a organização de dados tais como: a) número de pessoas que procuraram o SINE para inscrição nos cadastros de empregos; b) perfil socioeconômico das pessoas que procuraram o SINE para inscrição nos cadastros de empregos; c) número de pessoas que efetivamente foram empregadas através do SINE; d) perfil do emprego alcançado (setor de atividade, salário etc.); d) demais atividades realizadas pelo SINE.

 

6) Comitê de Bacia Hidrográfica do Vale do Caí

Desde janeiro de 2020, a professora Cidonea Machado Deponti e o professor Markus Brose participam do Comitê da Bacia Hidrográfica do Vale do Caí, na região centro oriental do Rio Grande do Sul. A professora Cidonea Deponti ocupa o cargo de vice-presidente do Comitê do Caí, enquanto o prof. Markus Brose, juntamente com a professora Cidonea integram a Comissão Permanente de Avaliação do referido Comitê A parceria entre o Comitê de Bacia Hidrográfica do Vale do Caí e a UNISC - Campus Montenegro permitiu a universidade sediar a secretaria do comitê, em uma sala do Campus que já está sendo organizada para recepção de demandas pós-pandemia. Ademais, foi encaminhada à Assessoria de Comunicação da UNISC o pedido de construção do site Comitê Caí nos moldes do site do Comitê Pardo e já se encontra em elaboração. Tais ações estão em atraso, devido a pandemia da Covid-19. A nova diretoria do Comitê visa à implementação de projetos para a efetivação de diretrizes do Plano de Bacia Hidrográfica, entre os quais se incluem mobilização de recursos junto a fontes públicas e privadas, à implementação das regras da Planície de Inundação e a parceria junto a Promotoria de Justiça Regional da Bacia Hidrográfica do Rio Caí.

 

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