Exposição nesta quinta marcou a finalização do primeiro ano do projeto
Na tarde desta quinta-feira, 5, ocorreu a 1ª Exposição de Protótipos: Praça Sustentável do Projeto Praça STEM: Science, Technology, Engineering and Mathematics. O Praça STEM é uma parceria da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), com a Prefeitura de Santa Cruz do Sul e Mercur. A proposta tem como objetivo despertar nos alunos do Ensino Fundamental das escolas públicas de Santa Cruz do Sul o interesse pela área das exatas. O programa foi um dos escolhidos pelo edital da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, para receber recursos visando o incentivo à produção científica.
A exposição desta quinta foi o fechamento de um trabalho que ocorreu durante todo o ano. O pano de fundo do projeto são os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Dentro desse cenário foi montada uma praça fictícia em que foram colocados vários elementos que incluem os conteúdos da Ciência, da Tecnologia, da Engenharia e da Matemática, que são as siglas que dão o nome para o projeto. “Por exemplo, hoje nós estamos apresentando uma casinha, construída pelos alunos, em que a luz dela acende através da força do vento, a energia eólica. A praça também tem um arroio em que trabalhamos a questão da topografia, do relevo, com a colocação de uma roda d’água que pudesse gerar energia e acender uma luminária da praça. Também temos a nossa maquete, através do arroio, com a coleta dessa água para abastecimento de uma torneira. A estação de tratamento puxa a água do arroio, muito embarrada, e o líquido sai, a partir do tratamento, límpido, como está sendo demonstrado nos protótipos”, fala a coordenadora do Projeto e professora da Unisc, Alessandra Gobbi.
Segundo ela, para elaboração das oficinas foram utilizados os livros didáticos da escola para produção dos conteúdos, conforme demandas vistas em aula e fáceis de assimilar. “O objetivo maior do nosso projeto, quando nós escrevemos esse projeto para a Finep, foi através de uma percepção nossa, enquanto professores do Departamento de Engenharias, Arquitetura e Computação, nós observamos sempre aquele receio com a matemática, com a física, o aluno foge um pouco dessa questão, então, mostramos para as turmas que as exatas podem ser assimiladas de uma maneira muito mais fácil, brincando e conseguindo entender o conteúdo de uma maneira mais divertida. E estamos conseguindo bons resultados com isso, os professores também relatam que eles voltam muito animados para a escola”, completa.
Empolgada com as oficinas estava a estudante do 6º ano da Escola Municipal Guido Herberts, Mariah Kipper, de 12 anos. A turma foi informada pela escola como funcionaria o Projeto. Como sempre gostou da área, Mariah diz ter ficado ansiosa para poder participar. “É muito divertido. Ainda não sei que área seguir no futuro, mas o Projeto tem me ajudado bastante. Às vezes, durante as aulas, a professora questiona alguma coisa e eu já sei a resposta justamente porque aprendi nas oficinas”, conta.
Fotos: Bruna Lovato/Unisc
Mariah Kipper
Djuly Dreissig, de 12 anos, estudante do 7º ano da Escola Municipal São Canísio, também participa das atividades. O que mais chamou a atenção dela durante o ano, foi desenvolver a Estação de Tratamento da Água (ETA). “Eu gosto muito de Engenharia, mas ainda não pensei se é uma área que quero seguir, mas, com certeza, as oficinas foram muito legais e me ajudaram a aprender várias coisas.”
Djuly Dreissig
Unisc reforça o ideal comunitário
A pró-reitora Acadêmica da Unisc, Chana de Medeiros da Silva , prestigiou a exposição e fez questão de frisar a importância da Universidade estar inserida na comunidade ao desenvolver projetos como o Praça STEM. “Esse projeto reforça mais uma vez o nosso papel enquanto universidade comunitária que atende todas as buscas, trabalha com a comunidade e transforma a nossa comunidade pensando no cidadão futuro, que é esse estudante do ensino fundamental, que é um morador do nosso município, da nossa comunidade e que pode ter a oportunidade de ter outras vivências, de explorar a partir desse projeto. Então é o papel social, o papel comunitário da nossa universidade na transformação, auxiliando, contribuindo para a transformação da nossa comunidade, a formação desse estudante no ensino básico.”
Pró-reitora Acadêmica prestigiou o evento
Apoio da família é fundamental
Na exposição, familiares aproveitaram o momento para conhecerem os trabalhos. Foi o caso de Tiago Muller, pai do aluno João Vitor, da Escola Guido Herberts. Ele conta que conseguiu sair um tempinho do trabalho para poder prestigiar o filho e os colegas. A mãe de João Vitor, Cássia; a irmã Lavínia, de 2 meses; e a avó Ângela; também estavam presentes. “Foi feita uma reunião na escola começo do ano, participei e já achei a ideia interessante. Acredito que englobar ciências, tecnologia e engenharia pode encaminhar as crianças também para o futuro. É algo interessante e muito válido até para a escola, para o interesse do aluno nos estudos. E ele está gostando, está engajado, quem sabe no futuro ele não se encaminhe para uma área de trabalho na engenharia ou algo semelhante”, fala o pai.
Para eles, é fundamental apoiar o jovem em projetos que envolvam a escola, que envolvam o conhecimento. “Sempre arrumamos um tempo para os filhos, é bem importante para eles se sentirem importantes e ver que estamos apoiando. Quando ele chega do projeto no fim da tarde sempre questionamos como foi o dia, o que teve de bom. Então, é uma iniciativa que está ajudando no desenvolvimento dele”.
Família de João Vitor fez questão de estar presente
Estudantes conheceram a Sandbox
Estudantes também conheceram trabalhos dos alunos do Departamento de Engenharias, Arquitetura e Computação