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Jornalista e professora da Unisc ajuda a evitar informações falsas nesse período de dificuldades

A rápida disseminação do Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, está mudando a rotina da maior parte dos brasileiros, bem como já ocorre em outros países. Com a quarentena e a suspensão da maior parte dos serviços, as pessoas estão cada vez mais engajadas com as Redes Sociais, seja para se distrair ou para se informar sobre o que vem acontecendo. Esse cenário abre margem para outro fenômeno que se dissemina rapidamente, especialmente, em momentos de crise: as notícias falsas, ou fake news.

A circulação de notícias falsas representam um risco muito grande em um momento de pandemia, pois, fornecem dicas falsas de segurança, prevenção ou combate ao Covid-19. O pânico causado pelas notícias falsas também pode trazer problemas tanto para a saúde, quanto para a economia, além de contribuir para ações que ferem o coletivo, como aconteceu com as compras massivas por medo de que faltasse abastecimento de comida. Uma ação do Ministério da Saúde na busca de diminuir o fluxo das falsas informações foi a criação de um WhatsApp, onde as pessoas podem verificar a veracidade de notícias, podendo ser acessado pelo site www.saude.gov.br/fakenews ou através do número (61) 99289-4640

Para evitar que a desinformação se torne mais crítica no país, agentes de saúde, pesquisadores e jornalistas estão trabalhando para fornecer informações e notícias verdadeiras. É importante, contudo, que cada pessoa auxilie nesse processo, se informando apenas em órgãos oficiais ou veículos reconhecidos, para evitar o compartilhamento de boatos. Outro ponto que merece atenção é que existem muitos portais de notícias falsos que utilizam de endereços online parecidos com o de grandes jornais, então, é necessário ter atenção no site e na aparência dele.

A jornalista e professora da Unisc, Fabiana Piccinin, reforça que o cuidado com as informações que consumimos é um aliado nesse período difícil: “estamos diante de um novo cenário, mesmo que o fenômeno das notícias falsas exista desde os primórdios do jornalismo, pois, hoje qualquer pessoa tem acesso para publicar uma notícia e ela pode viralizar. Junto com isso, tem a questão de que as pessoas baseiam a sua verdade em cima do que acreditam e não de um fato que foi investigado. Então, devemos ficar atentos ao que recebemos e compartilhamos. Vale lembrar que essas notícias falsas podem causar risco à vida das pessoas, muitos já foram linchados por um boato que era falso, por exemplo”.

Considerando a necessidade que as pessoas tem de se manterem informadas, Fabiana elencou algumas dicas que podem auxiliar no processo de triagem das notícias recebidas através das Redes Sociais ou por meio de sites duvidosos:

1 -  Recebeu uma notícia e não tem certeza se é verdadeira? Coloque ela no Google e busque a fonte oficial. Existem também diversas páginas que são de verificação;

2 -  Diversifique as fontes de informação para não ficar refém de uma bolha ideológica, pois os algoritmos das redes sociais nos mostram o que costumamos consumir e, portanto, buscar outros olhares sobre determinado assunto pode auxiliar na construção de conhecimento;

3 -  Verifique a identidade de quem postou, bem como a fonte jornalística. Por exemplo, o UOL é um site de notícias famoso e, existem notícias falsas circulando de sites que parecem com o da UOL, mas possuem números ou outros caracteres no endereço do site. Isso se estende a todos os outros portais de comunicação;

4 -  Quando um título for muito espetaculoso, tenha atenção, pois o jornalismo sério busca evitar o sensacionalismo e ser responsável com a informação;

5 -  Verifique a formatação do texto, se está bem escrito, com coerência, com entrevistados, dados precisos e explicações reais.

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