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Suzane Beatriz Frantz Krug (Esquerda) e Raquel Kist

 

 

O Programa de Pós-Graduação em Promoção da Saúde da Unisc - Mestrado e Doutorado (PPGPS) divulgou os resultados da pesquisaSíndrome de Burnout: fatores associados e medidas de enfrentamento em enfermeiros de Estratégia Saúde da Família da 28ª Região de Saúde do Rio Grande do Sul, decorrente da dissertação da mestranda Daiane Raquel Kist, sob orientação da professora Suzane Beatriz Frantz Krug e co-orientação da professora Lia Gonçalves Possuelo.

A síndrome de burnout (SB) decorre da exposição a estressores crônicos do ambiente ocupacional. Caracteriza-se pela exaustão emocional, sensação de esgotamento por não ter mais condições de despender energia como realizava antes, despersonalização, apresentação de insensibilidade emocional e distanciamento afetivo, bem como baixa realização profissional e insatisfação com seu desenvolvimento no trabalho. Os enfermeiros possuem predisposição ao esgotamento profissional por manejarem com pessoas e sofrimento.

A Estratégia de Saúde da Família (ESF) é o nível assistencial mais adjacente à comunidade, onde o enfermeiro é exposto a um cenário complexo e com relações interpessoais intensas, podendo produzir sobrecarga emocional e refletir na qualidade da assistência à comunidade.Nesse contexto, objetivou-se analisar aspectos sugestivos e a prevalência da Síndrome de Burnout em enfermeiros das ESFs adscritos na 28ª Região de Saúde do RS, bem como fatores que contribuem para esse adoecimento e medidas de enfrentamento e prevenção desse agravo à saúde.

 Os participantes foram enfermeiros que atuam em ESFs dos 13 municípios da Região de Saúde 28. Na primeira etapa da pesquisa responderam um questionário on-line, sendo alguns selecionados para participar da segunda etapa a partir de entrevista. Como resultados, a pesquisa demonstrou que os enfermeiros de ESFs da 28ª Região de Saúde possuem predisposição de desenvolver SB.

Os fatores estressores no ambiente de trabalho mais citados entre os enfermeiros da pesquisa foram recursos humanos insuficientes para demanda da ESF, centralização de atividades organizacionais no enfermeiro, estruturas físicas inadequadas e rotatividade de profissionais. As limitações do estudo foram relacionadas, principalmente, ao uso do questionário on-line, que exigiu contatos insistentes para o retorno dos participantes.

“A pesquisa permitiu conhecer a realidade regional acerca da SB e aspectos associados ao trabalho do enfermeiro na ESF, fornecendo informações para definição de prioridades e estratégias de prevenção desse adoecimento”, salientou Raquel Kist.

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