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Projeto foi financiado pelo programa Inova RS e conecta produtores e indústrias em modelo escalável 

Uma plataforma que reúne a cadeia de plantas bioativas dos Vales do Taquari e do Rio Pardo será lançada na 46ª Expointer, no palco do RS Innovation Agro, no dia 1º de setembro, às 11h20. Com financiamento do programa Inova RS, da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (Sict), o aporte de R$ 190 mil foi repassado via edital, em 2021.  

O projeto, batizado de “Plataforma Agro dos Vales”, é fruto de parceria entre a quádrupla hélice (governo, sociedade civil organizada, universidades e empresas) do Ecossistema Regional de Inovação dos Vales, com a coordenação da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), e valoriza a conexão entre agricultura familiar e indústrias. 

“A cadeia de plantas bioativas já vem sendo discutida na tentativa de se encontrar novas fontes e rendas alternativas para a região dos Vales, que é bastante focada no tabaco. A ideia era aproveitar o conhecimento da agricultura familiar e ampliar para o cultivo de outras espécies de plantas, pensando na geração de renda, prospecção da biodiversidade e na consolidação de cadeias adjacentes”, conta a coordenadora do projeto e professora da Unisc, Chana de Medeiros da Silva. “A intenção da plataforma é aproveitar o potencial da agricultura na região e incentivar a conexão entre atores da cadeia, além de ser um portal de informações confiáveis sobre o tema”, completa a professora. 

A plataforma abarca a possibilidade de refinamento de pesquisa por agricultores familiares, indústrias e entidades da região, com a intenção de que a cadeia possa se enxergar. Assim, será possível entender quantos produtores cultivam determinada variedade de plantas medicinais ou aromáticas, bem como compreender a demanda industrial para produção de óleos essenciais, cosméticos, remédios, produtos alimentícios ou demais necessidades. A cadeia de plantas aromáticas está em consolidação na região dos Vales, com ênfase para lavanda, capim-limão, melaleuca e alecrim. “Essas cadeias estão se construindo, mas a plataforma é a possibilidade de enxergar isso e diversificar o cultivo de novas espécies, bem como, suas aplicações para o mercado”, completa Chana. 

Inicialmente, a expectativa é cadastrar em torno de 50 produtores e 20 indústrias. O endereço eletrônico contará, ainda, com uma aba de cursos e eventos relacionados ao tema. A plataforma é um subprojeto que dialoga com a estratégia maior do Ecossistema de Inovação dos Vales, cujas áreas estratégicas são os setores agroalimentar, saúde e serviços. No processo de cocriação, foi utilizada a metodologia de design sprint, em um processo de imersão de cinco dias com os atores, de forma que houvesse a garantia de representatividade de toda a cadeia. 

Conforme a secretária de Inovação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, Simone Stülp, esse lançamento vai agregar muito valor à região, sobretudo porque cumpre o maior objetivo da inovação, que é melhorar a vida das pessoas, proporcionando bem-estar e desenvolvimento econômico. “Além de tudo, esse projeto é escalável. Ou seja, pode ser replicado em outras cidades ou regiões, o que reforça muito a ideia de que para avançarmos, precisamos estar unidos e enxergar nossos potenciais e nossos gargalos”, afirma a secretária. 

O projeto contou com parceria entre Unisc, Universidade do Vale do Taquari (Univates), Universidade do Estado do Rio Grande do Sul (Uergs), Fundação Alto Taquari de Educação Rural e Cooperativismo (FATERCO), Emater-Ascar/RS e MR Centro de Limpeza. 

Texto: Cândida Schaedler/Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia do Estado

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